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Mulheres se mobilizam no Brasil para assistirem aos jogos da Copa Feminina

Roberta Nina

08/06/2019 04h18

(Foto: Duda Dalzoto)

A tradição do brasileiro em parar o que está fazendo para assistir aos jogos da Copa do Mundo é uma realidade para milhões de pessoas a cada quatro anos. O comércio fecha, o trânsito acalma e as ruas ecoam os sons das transmissões de rádios e televisões. Mas esse movimento, antes restrito ao Mundial masculino, começa a ganhar força também para os jogos delas.

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A Copa do Mundo Feminina começou nesta sexta-feira (07) e diversos coletivos encabeçados por mulheres organizaram encontros em vários cantos do país para acompanharem os jogos da seleção brasileira. E o momento é bem propício para isso já que esta será a primeira vez que a Rede Globo transmitirá todos os jogos do Brasil em rede nacional. Além dela, a TV Bandeirantes e o Sportv também farão cobertura do Mundial.

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Jogue Como Uma Garota

Uma das iniciativas que organizou encontros para abraçar a modalidade pelo país durante a Copa foi a PEITA, famosa marca-protesto que produz produtos como ferramentas de enfrentamento para mulheres lutarem contra as opressões diárias. Haverá transmissões confirmadas em bares de 21 cidades em 14 estados brasileiros.

Com os dizeres "Jogue Como Uma Garota" estampada em uma camiseta confeccionada especialmente para a época – nas cores azul e amarela, homenageando o primeiro time de futebol feminino do país, o Esporte Clube Radar -, o movimento criou embaixadas em algumas cidades para incentivar as pessoas a torcerem pela nossa seleção. 

"Acho que em qualquer esporte o torcedor faz a diferença. Sempre precisamos de apoio fora de campo. Às vezes, quando estamos perdendo e o torcedor começa a cantar e a apoiar, nossa reação muda. Parece que temos mais força pra buscar o resultado", comenta Raquel Fernandez, meia da seleção brasileira, sobre a campanha organizada pela PEITA.

Camiseta à venda em edição limitada para a Copa do Mundo (Foto: Peita/Divulgação)

A organização do evento é independente e livre. A PEITA sugere que o local onde aconteçam as transmissões sejam geridos por mulheres, para fortalecer outras mulheres, mas a campanha deve ser abraçada por todos os gêneros.

Outros movimentos

Em São Paulo, o Museu do Futebol também reunirá a torcida para acompanharem aos jogos do Brasil nas instalações de um dos estádios mais amados da cidade, o Pacaembu. Os jogos serão transmitidos em um telão e contará com uma arquibancada para cerca de 100 pessoas.

Participando in loco para conferir a estreia do Brasil, estarão as alunas do Pelado Real juntamente com os personagens da Turma da Mônica. Outros movimentos também estarão lá, como as integrantes da União Brasileira de Mulheres (UBM) e do Movimento Toda Poderosa Corinthiana. O clima será agitado também pelo grupo de samba União dos Bairros.

Ainda na capital paulista, a marca Minas de Estádio participará de um encontro organizado por coletivos de torcidas da cidade em um bar no bairro da Mooca para conferirem a estreia do Brasil. Torcedoras do Movimento Alvinegras, Verdonnas, São Pra Elas e Bancadas das Sereias estarão no bar Zero11, na Rua Juventus, 119, a partir das 9h30.

Em Recife, o Movimento Coralinas – coletivo feminista de torcedoras do Santa Cruz -, também marcaram um local para acompanharem a estreia da seleção contra a Jamaica, no próximo domingo (09/6). O jogo começa às 10h30, mas a cerveja vai estar liberada desde cedo!

Esse engajamento em torno da Copa do Mundo Feminina é histórico e significativo. Se compararmos com quatro anos atrás, a relevância do modalidade cresceu vertiginosamente dentro e fora dos gramados.

A organização da Copa do Mundo da França acredita que o público desta edição superará o número de participantes da edição passada. Em 2015, o público total do Mundial feminino foi de 1,35 milhão, e neste começo de Copa, 950 mil ingressos já foram vendidos.

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A seleção brasileira estreia no domingo (09), às 10h30 contra a Jamaica, dia 13 (quinta-feira) joga com a Austrália às 13h e fecha a primeira fase contra a Itália, dia 18 (terça-feira), às 16h.

As cidades que terão bares oficiais da PEITA são:

BELÉM
Fandom Pub
Rua Bernal do Couto, 456.

BELO HORIZONTE
Dalva Botequim
Rua Ceará, 1548.

BRASÍLIA
Barziin Gastrobar
CLN 413 | bloco E | loja 19

CATALÃO
Pub Cultura Livre
Rua 07, número 06, Praça do Setor Universitário.

CURITIBA
Espaço 37
Rua Vicente Machado, 770.

Premium Karaokê
Rua Francisco Parolim 59

FLORIANÓPOLIS
Lá Kahlo Bodega
Avenida Hercílio luz, 633.

FORTALEZA
Bar Teresa & Jorge
Rua João Cordeiro, 540.

FOZ DO IGUAÇU
Soy Loco por Ti
Rua Engenheiro Rebouças 847.

LONDRINA
Vila Cultural Alma Brasil
Rua mar del plata, 93.

MANAUS
Curupira Mãe do Mato
Avenida Sete de Setembro, 1710.

NATAL
La Luna Bar
Alameda das Acácias, 10.

PONTA GROSSA
Boteco da Estação
Rua Ermelino de Leão, 1565.

PORTO ALEGRE
Cósmica
Rua Lopo Gonçalves, 378.

RECIFE
Bar da Angela
R. Quadro Souza Leão, 73

RIO DE JANEIRO
Fred Beer Club
Rua: José Bonifácio 705 loja c

SALVADOR
Kombita
Avenida Professor Sabino n179 | Chame Chame

SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA
Bar John
BR 307 N° 03

SÃO LUIZ DO PARAITINGA
A Bruxa
Rua Coronel Domingues de Castro, n°182.

SÃO PAULO
Bar Das
Rua Fortunato, 133.

SOROCABA
Casa da Frida Mex
Rua João Ferreira da Silva, 1129.

VITÓRIA
Cleópatra Gaystro Bar
Rua Anísio Fernandes Coelho, 1645 | lj 4.

Sobre as autoras

Angélica Souza é publicitária, de bem com a vida e tem um senso de humor que, na maioria das vezes, faz as pessoas rirem. Alucinada por futebol - daquelas que não pode ver uma bola que já sai chutando - sabe da importância e responsabilidade de ser uma mulher com essa paixão. Nas costas, gosta da 10, e no peito, o coração é verde e branco e bate lá na Turiassú. Renata Mendonça é apaixonada por esporte desde que se conhece por gente. Foi em um ~dibre desses da vida que conseguiu unir trabalho e paixão sendo jornalista esportiva. Hoje, sua luta é para que mais mulheres consigam ocupar esse espaço. Roberta Nina é aquariana por essência, são-paulina por escolha e jornalista de formação. Tem por vocação dar voz às mulheres no esporte.

Sobre o blog

Futebol não é coisa de mulher. Rugby? Vocês não têm força para jogar... Lugar de mulher é na cozinha, não no campo, na quadra, na arquibancada. Já ouviu isso muitas vezes, né?! Mas o ~dibradoras surgiu para provar justamente o contrário. Mulher pode gostar, entender e praticar o esporte que quiser. E quem achar que não, a gente ~dibra ;)

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