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Copa do Mundo feminina bate recorde e supera 1 bilhão de espectadores

Renata Mendonça

18/10/2019 08h29

Foto: Getty Images

A Copa do Mundo feminina da França superou as expectativas da Fifa e bateu recordes de audiência. Isso já era de conhecimento público, inclusive com o Brasil liderando as principais marcas alcançadas. Mas nesta sexta-feira, a entidade divulgou o detalhamento das audiências do Mundial deste ano e comprovou o que já era esperado: ele foi o mais visto da história e superou 1 bilhão de espectadores.

Segundo a Fifa, 1,12 bilhão de pessoas acompanharam a Copa feminina de 2019 pela TV ou alguma plataforma digital. A média de audiência por partida neste ano mais do que dobrou em relação à Copa de 2015 – à época, cada jogo do Mundial do Canadá foi visto por cerca de 8,39 milhões; desta vez, foram 17,27 milhões de espectadores por jogo.

No total, a audiência com relação à última edição aumentou 30%. Há quatro anos, foram 764 milhões de espectadores acompanhando os jogos das mulheres pela TV. Neste ano, foram 993,5 milhões vendo os jogos pela TV e mais 481,5 milhões acompanhando as partidas por meio de plataformas digitais.

Um recorde que o Brasil ajudou muito a construir. A final da Copa entre Estados Unidos e Holanda foi a mais vista da história e a maior audiência dela foi registrada justamente em território brasileiro, com mais de 19 milhões de espectadores. E a maior marca de audiência de todas as Copas também aconteceu por aqui e também nesta edição do Mundial: mais de 30 milhões de pessoas no Brasil assistiram ao jogo entre a seleção brasileira e a França pelas oitavas de final.

Segundo o presidente da Fifa, Gianni Infantino, os números mostram que esta Copa do Mundo feminina foi "mais do que um evento esportivo e se transformou em um fenômeno cultural".

Foto: CBF

"Foi um fenômeno cultural, atraindo mais atenção da mídia do que nunca e proporcionando uma plataforma para o futebol feminino finalmente estar nos holofotes. O fato de nós termos alcançado o objetivo de superar o bilhão no número de espectadores mostra o poder de atração do jogo feminino e o fato de que, se promovermos e transmitirmos amplamente o futebol de altíssimo nível, seja ele jogado por homens ou mulheres, os torcedores sempre vão querer assistir", afirmou.

 

A melhor resposta para quem ainda repete o clichê de "ninguém quer ver futebol feminino" está aí. Não dá para construir números tão expressivos com algo que "ninguém quer ver".

Mas é importante reforçar também que ninguém é "obrigado" a ver futebol feminino. Se não quiser, é só mudar de canal. O problema é que antes, quem queria ver, não tinha nem canal para assistir porque ninguém passava os jogos femininos com a desculpa de que "não daria audiência". Essa não cola mais. A Copa do Mundo deste ano é a prova disso.

Sobre as autoras

Angélica Souza é publicitária, de bem com a vida e tem um senso de humor que, na maioria das vezes, faz as pessoas rirem. Alucinada por futebol - daquelas que não pode ver uma bola que já sai chutando - sabe da importância e responsabilidade de ser uma mulher com essa paixão. Nas costas, gosta da 10, e no peito, o coração é verde e branco e bate lá na Turiassú. Renata Mendonça é apaixonada por esporte desde que se conhece por gente. Foi em um ~dibre desses da vida que conseguiu unir trabalho e paixão sendo jornalista esportiva. Hoje, sua luta é para que mais mulheres consigam ocupar esse espaço. Roberta Nina é aquariana por essência, são-paulina por escolha e jornalista de formação. Tem por vocação dar voz às mulheres no esporte.

Sobre o blog

Futebol não é coisa de mulher. Rugby? Vocês não têm força para jogar... Lugar de mulher é na cozinha, não no campo, na quadra, na arquibancada. Já ouviu isso muitas vezes, né?! Mas o ~dibradoras surgiu para provar justamente o contrário. Mulher pode gostar, entender e praticar o esporte que quiser. E quem achar que não, a gente ~dibra ;)

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