Topo

Dibradoras

Copa do Mundo Feminina: conheça o histórico dos Mundiais

Roberta Nina

17/07/2018 14h10

Primeira seleção feminina em 1988 (Foto: Reprodução)

Depois dos anos que passou na "ilegalidade", ou seja proibido por lei segundo o decreto-lei 3.199 de 14 de abril de 1941 – que seguiu até 1983 – assinado pelo então presidente Getúlio Vargas, o futebol feminino começa a se estabelecer no inicio da década de 80.

O caminho foi longo até a modalidade ser oficialmente reconhecida, mas foi também no fim dessa década que a Fifa voltou sua atenção para o futebol delas e passou a organizar uma Copa do Mundo também para as mulheres.

No Brasil, as areias de Copacabana, no Rio de Janeiro, foram o primeiro palco das peladas femininas, quando os times ainda levavam o nome das ruas da cidade maravilhosa em suas camisas. Campeonatos de futebol de areia começaram a surgir e público começou a se interessar pela modalidade.

Numa fusão entre Belfort Roxo e Esporte Clube Radar, nasce em 1981 o primeiro time feminino do país, que teve seus primeiros chutes na praia para depois chegar aos gramados, no ano seguinte.

Radar Esporte Clube, a primeira potência do futebol feminino

É claro que as jogadoras da época não recebiam salários – apesar do time contar com apoio de patrocinadores – mas elas resistiram e em meio a muitas vitórias (ganharam seis Taças Brasil consecutivas, seis cariocas e um Torneio Brasileiro de Clubes) as jogadoras do Esporte Clube Radar formaram a base da primeira seleção brasileira a disputar uma Copa do Mundo, em 1991.

Antes de de oficializar o torneio, foi organizado um campeonato que serviu como teste antes do Mundial. Ele foi criado com o apoio de João Havelange, que era presidente da FIFA na ocasião. Em 1988, o Torneio Internacional da China contou com a participação de 12 seleções e o Brasil – com as garotas do Radar – fica em terceiro lugar derrotando a equipe chinesa nos pênaltis.

O título ficou com a equipe da Noruega que derrotou a Suécia na final diante de um público de 35 mil pessoas.

Com o sucesso do Torneio, a FIFA cria, oficialmente, a Copa do Mundo de Futebol Feminino. Em 2019, na França, vai acontecer a oitava edição do Mundial e o Brasil segue na luta pela tão sonhada taça.

"Ouse brilhar" é o slogan da Copa do Mundo Feminina em 2019. Nada mais sugestivo.

A história dos Mundiais

Aqui, um breve relato sobre as sete edições de Copa do Mundo e o desempenho da seleção brasileira em cada um deles:

1991
Sede: China
Campeã: Estados Unidos

A primeira Copa do Mundo aconteceu na Ásia. No dia 16 de novembro, o torneio com 12 seleções começou na China. O Brasil era o único representante da América do Sul e caiu logo de cara em um grupo fortíssimo formado por Suécia, Estados Unidos e Japão.

A primeira equipe brasileira a disputar um Mundial foi composta em grande parte por atletas que defendia o Radar Esporte Clube – 16 das 18 convocadas eram do clube carioca. As pioneiras foram: Meg, Rosa Lima, Marisa, Elane, Marcia Silva, Fanta, Marilza, Solange, Adriana, Roseli, Cenira, Miriam, Márcia Tafarel, Nalvinha, Pretinha, Doralice, Rosangela Rocha e Maria Lúcia. O treinador da equipe era Fernando Pires.

Em entrevista às dibradoras, a meio-campista Marcia Tafarel relembrou a preparação para aquela Copa. "Larguei o emprego que eu tinha na Fundação Bradesco para jogar o primeiro Mundial. Tivemos 10 meses de treinamento na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, no Rio de Janeiro. Folgas só aos finais de semana e nossa diária era em torno de 15 dólares", relembra.

"Fizemos amistosos contra times masculinos e femininos, jogamos contra o juvenil do Fluminense, do Vasco. Mas era um treinamento simples, de correr pelo complexo, jogar ali mesmo, comer a mesma comida do pessoal do Exército. Mas a gente foi pra China achando que seríamos campeãs", lembrou sorrindo.

Marcia Tafarel vestindo a camisa 5 da seleção brasileira (Foto: Reprodução)

O Brasil estreou com uma vitória contra o Japão. "Foi um a zero com um gol choraaaado, marcado pela Elane", contou Tafa. Na sequência, o Brasil perdeu por 5×0 das americanas e por 2×0 para as suecas e não se classificou para a segunda fase.

Os Estados Unidos foram a primeira seleção a ganhar uma Copa do Mundo Feminina derrotando por 2×1 a seleção da Noruega diante de um público de 63 mil espectadores, no Tianhe Stadium em Guangzhou.

Além do título, a artilheira e a melhor jogadora da competição também foram americanas. Michelle Akers marcou 10 gols no torneio e a melhor jogadora do Mundial foi Carin Jennings.

A Noruega foi vice-campeã e a Suécia ficou em terceiro lugar.

Aqui, batemos um papo com as pioneiras da seleção. Elane, Leda Maria e Fanta nos contaram como iniciaram na modalidade:

1995
Sede: Suécia
Campeã: Noruega

Em 1995, o torneio foi disputado no continente europeu. A segunda edição da Copa do Mundo aconteceu entre junho e julho e seguindo o formato anterior – com 12 seleções, o Brasil continuou como o único representante sulamericano.

No elenco, algumas remanescentes do primeiro Mundial – como a goleira Meg, a zagueira Elane, as meio-campistas Fanta, Pretinha, Cenira, Marcia Tafarel. Entre as novidades, estavam pela primeira vez nomes que fizeram história na seleção feminina: Leda Maria, Michael Jackson, Kátia Cilene, Tânia Maranhão e as craques Sissi – a primeira camisa 10 de fato – e Formiga, que aos 40 anos ainda atua em alto nível pelo PSG da França e pela seleção brasileira. O treinador na ocasião foi Ademar Fonseca

"Nesta edição, a preparação foi bem melhor", disse Tafa elencando que havia todo um cuidado com alimentação e com o físico das jogadoras. "Treinamos em vários lugares por cerca de 5 meses, em Águas de Lindóia, Jaguaríuna, não tinha um lugar específico. Alguns dias antes de partir, a seleção treinou em Teresópolis".

Nesta edição, o grupo do Brasil era bem parecido com o do primeiro Mundial: saiu os Estados Unidos e entrou a Alemanha no lugar, ao lado das já conhecidas Suécia e Japão.

O Brasil estreou vencendo a Suécia, por 1×0. Os jogos seguintes, a equipe brasileira perdeu pro Japão (2×1) e para a Alemanha (6×1) com atuação impecável da craque Birgit Prinz.

As norueguesas comemoram o título de 1991 (Foto: FIFA)

A campeã da edição de 95 foi a Noruega que bateu a Alemanha na final por 2×0. O terceiro lugar ficou com as americanas que venceram as japonesas por 2×0.

A artilheira da Copa foi a norueguesa Arrones, com seis gols, e a craque do Mundial foi sua companheira de equipe, Hege Riise. Nesta edição a Noruega marcou 17 gols e não sofreu nenhum – a maior goleada aplicada também foram das campeãs sobre a Nigéria: 8×0.

1999
Sede: Estados Unidos
Campeã: Estados Unidos

Na terceira edição da Copa do Mundo, a seleção brasileira conquistou um resultado expressivo. O grupo do Brasil era formado por Alemanha, Itália e México e nossa seleção se classificou em primeiro lugar com sete pontos.

Venceram o México por 7×1, a Itália por 2×0 e empataram com a fortíssima Alemanha em 3×3. Se nos Mundiais anteriores era comum perder ainda na fase de grupos, neste ano o Brasil se classificou sem nenhuma derrota.

Sob o comando do treinador Wilson Oliveira, a seleção brasileira era formada por: Maravilha, Nenê, Tânia Maranhão, Cidinha, Juliana Cabral, Maycon, Formiga, Kátia Cilene, Sissi, Suzana, Andreia, Fanta, Grazielle, Raque, Marisa, Pretinha, Priscila, Valéria e Deva.

Nas quartas-de final, a Nigéria foi a adversária do Brasil e mais uma vitória foi conquistada com muita garra: 4×3 com o gol decisivo marcado durante a prorrogação por Sissi, numa cobrança de falta magistral.

O gol da nossa Imperatiz – como era chamada – é, até hoje, um dos mais bonitos da história dos Mundiais.

Na semifinal, veio a derrota para as americanas por 2×0, mas ainda havia a chance de conquistar uma tão importante medalha de bronze. E ela veio. O jogo contra a Noruega também foi bastante equilibrado e acabou em 0x0, o terceiro lugar foi conquistado pelo Brasil nas disputas por pênaltis: 4×3.

Brasil x Noruega na semifinal (Foto: FIFA)

Foi a primeira vez na história da Copa do Mundo que uma seleção conquistava o bicampeonato. Os Estados Unidos haviam sediado a Copa do Mundo Masculina em 1994 e em 1999 foi a vez das mulheres lotarem os estádios.

Mia Hamm era a grande jogadora americana na época e as donas da casa contaram com grande apoio da torcida para se tornarem campeãs do mundo. No dia da final, com 90.185 pessoas presentes no Rose Bowl (mesmo estádio onde aconteceu a final masculina entre Brasil e Itália), o placar não poderia ser diferente: 0x0 no tempo regulamentar e na prorrogação.

A vitória norte-americana veio nos pênaltis, por 5×4 e eternizou um momento incrível quando a jogadora Brandi Chastain converte sua cobrança de pênalti e extravasa na comemoração, deslizando de joelhos no gramado e tirando sua camisa.

A comemoração inesquecível de Brandi Chastain (Foto: ROBERTO SCHMIDT/AFP/Getty Images)

Com 7 gols, Sissi e a chinesa Sun Wen foram as artilheiras da competição. A melhor jogadora eleita do torneio foi Sun Wen, já que sua seleção chegou mais longe no torneio.

Detalhes importantes:

– O público da final feminina em 1999 tinha apenas 4 mil pessoas a menos do que na final masculina.

– No mesmo dia da final, o Brasil fez o jogo preliminar disputando o terceiro lugar. Ou seja, o público presenciou dois jogos sem gols nos 90 minutos e na prorrogação. As duas partidas foram decididas nas penalidades.

2003
Sede: Estados Unidos
Campeã: Alemanha

O primeiro título da Alemanha foi conquistado em 2003 (Foto: DFB)

A sede seria na China, mas por conta de uma epidemia, a Copa do Mundo voltou para as terras americanas. O elenco brasileiro passou por algumas renovações e essa foi a primeira Copa disputada pela Rainha Marta, pelas craques Cristiane, Rosana e Daniela Alves e por Milene Domingues.

O elenco completo tinha Andreia no gol, Simone, Juliana Cabral, Tânia Maranhão, Renata Costa, Michele, Formiga, Rafaela, Kelly, Marta, Cristiane, Giselle, Mônica, Rosana, Renata Diniz, Maycon, Kátia Cilene, Daniela Alves, Priscila, Milene Domingues sob o comando do treinador Gonçalves.

O Brasil começou a competição vencendo a Coréia do Sul por 3×0, depois bateu a Noruega por 4×1 e empataram por 1×1 com a França. Mas, logo nas quartas de final, a equipe brasileira perdeu por 2×1 da Suécia e acabou em 5º lugar na competição.

Birgit Prinz artilheira e melhor jogadora da Copa de 2003 (Foto: Reprodução)

A campeã da vez foi a Alemanha que derrotou a Suécia por 2×1. Os Estados Unidos ficaram na terceira colocação derrotando a equipe canadense por 3×1.

A goleadora do torneio foi Birgit Prinz com 7 gols e eleita também como a craque da Copa.

2007
Sede: China
Campeã: Alemanha

Bi-campeonato alemão (Foto: FIFA)

Essa edição foi a primeira a premiar as equipes com prêmios em dinheiro conforme as seleções se classificassem para a segunda fase. Este Mundial foi muito importante para o Brasil, representa um marco na história da nossa modalidade, mas ao mesmo tempo, as lembranças nos trazem uma pontinha de lamento. Foi em 2007 que a seleção feminina chegou mais perto de conquistar o tão sonhado título inédito.

No grupo do Brasil estavam China, Nova Zelândia e Dinamarca e a equipe foi formada por: Andréia, Elaine, Aline, Tânia Maranhão, Renata Costa, Rosana, Daniela Alves, Formiga, Maycon, Marta, Cristiane, Mônica, Grazi, Kátia Cilene, Simone, Daiane, Pretinha, Michele, Ester e Thaís. Jorge Barcellos era o técnico.

O Brasil estreou derrotando a equipe da Nova Zelândia por 5×0 diante de 33.500 pessoas. Depois, foi a vez de vencer as chinesas – donas da casa – por 4×0, com dois gols de Marta e outros dois de Cristiane. O público foi de 54 mil pessoas. No terceiro jogo, 1×0 contra a Dinamarca com gol de Pretinha.

Nas quartas-de-final, o Brasil derrota a Austrália por 3×2, com Cristiane marcando o gol decisivo. A semifinal é inesquecível: 4×0 sobre as americanas com direito a gol contra, gol de Marta e de Crstiane – que na comemoração dança de alegria!

Pela primeira vez, o Brasil chegava em uma final de Copa do Mundo, mas as alemãs não deram chance de levantarmos o troféu pela primeira vez. Venceram por 2×0 e frustraram demais a equipe e os torcedores. Depois da premiação, as brasileiras fizeram um apelo em rede nacional pedindo mais apoio ao futebol feminino.

Após vice-campeonato, brasileiras protestam (Foto: Reprodução)

Marta foi o grande destaque do Mundial, eleita a melhor jogadora e artilheira da competição com 7 gols marcados.

2011
Sede: Alemanha
Campeã: Japão

 

Seleção japonesa conquistou seu primeiro título em 2011 (Foto: FIFA)

Pela primeira vez, a Copa do Mundo Feminina saiu do eixo China / Estados Unidos e foi realizada na casa das atuais campeãs, na Alemanha.

O Brasil foi para a disputa sob o comando do treinador Kleiton Lima com Andréia, Maurine, Aline Pellegrino, Renata Costa, Rosana, Ester, Formiga, Beatriz, Marta, Cristiane, Bárbara, Érika, Fabiana, Francielle, Elaine, Daniele, Tháis Guedes, Grazielle, Roseane e Thais Picarte.

No grupo com o Brasil estavam Austrália, Noruega e Guiné Equatorial e as vitórias vieram com facilidade: 1×0 contra a Austrália, 3×0 contra a Noruega e 3×0 contra Guiné Equatorial.

Nas quartas-de-final, pedreira pela frente. As americanas de novo cruzaram nosso caminho e após empate em 2×2, o Brasil dá adeus ao Mundial após derrota nos pênaltis por 5×3.

Artilheira e craque da Copa de 2011: Homare Sawa (Foto: FIFA)

O título fica com a seleção japonesa que vence as americanas na final por 3×1 nos pênaltis. A artilharia e o posto de melhor jogadora do campeonato fica com a meia japonesa Homare Sawa.

2015
Sede: Canadá
Campeã: Estados Unidos

Esperou-se do Brasil uma campanha muito melhor do que a edição anterior. Isso porque pela primeira vez na história da seleção feminina, um grande planejamento foi montado visando a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016, que seria realizado no Rio de Janeiro.

(Foto: Minas Panagiotakis/Getty Images/AFP)

Foi montada uma seleção permanente, onde a CBF foi a grande custeadora dessa preparação, pagando salários para grande parte do elenco e dando toda a estrutura da Confederação para que elas pudessem treinar em alto nível.

Nesta edição, o Mundial contou com a participação de 24 seleções – sendo que oito delas estrearam pela primeira vez em uma Copa do Mundo. E uma das grandes polêmicas da competição foi o uso de gramado sintético, que gerou muita reivindicação por parte das atletas.

O Brasil foi para o Mundial do Canadá com as seguintes jogadoras: Luciana, Fabiana, Mônica, Rafinha, Andressinha, Tamires, Beatriz, Thaísa, Andressa Alves, Marta, Cristiane, Bárbara, Poliana, Géssica, Tayla, Rafaelle, Rosana, Raquel Fernandes, Maurine, Formiga, Gabi Zanotti, Darlene e Letícia. O treinador do time era Vadão.

O Brasil caiu em um grupo fácil e venceu as três partidas disputadas: 2×0 na Coréia do Sul, 1×0 na Espanha e 1×0 na Costa Rica.

Seleção brasileira foi derrotada pela Austrália nas oitavas de final (Foto: Reuters)

De maneira precoce, o Brasil foi eliminado nas oitavas-de-final para a seleção australiana, em um jogo onde a seleção brasileira agrediu muito mais o adversário, mas foi surpreendida com um gol aos 35 minutos do segundo tempo e não conseguiu reagir.

Os Estados Unidos conquistaram o terceiro título Mundial em cima do Japão – a equipe que havia derrotado as americanas quatro anos atrás. O placar final foi 5×2 com ótima atuação de Carly Lloyd, marcando um golaço do meio de campo.

As americanas conquistaram o terceiro título mundial em 2015, no Canadá (Foto: Esporte Interativo)

A artilheira da Copa foi a alemã Célia Šašić que assim como Lloyd, marcou 6 gols, mas a norte-americana ficou com o prêmio de Melhor Jogadora da Competição.

2019
Sede: França

Fifa nomeou Ettie como mascote da Copa feminina de 2019 (Foto: Reprodução/FIFA)

A oitava edição do Mundial Feminino começa em 7 de junho de 2019, em Paris. A final está marcada para acontecer no dia 7 de julho em Lyon.

Aqui você pode saber mais sobre a competição que está por vir.

Sobre as autoras

Angélica Souza é publicitária, de bem com a vida e tem um senso de humor que, na maioria das vezes, faz as pessoas rirem. Alucinada por futebol - daquelas que não pode ver uma bola que já sai chutando - sabe da importância e responsabilidade de ser uma mulher com essa paixão. Nas costas, gosta da 10, e no peito, o coração é verde e branco e bate lá na Turiassú. Renata Mendonça é apaixonada por esporte desde que se conhece por gente. Foi em um ~dibre desses da vida que conseguiu unir trabalho e paixão sendo jornalista esportiva. Hoje, sua luta é para que mais mulheres consigam ocupar esse espaço. Roberta Nina é aquariana por essência, são-paulina por escolha e jornalista de formação. Tem por vocação dar voz às mulheres no esporte.

Sobre o blog

Futebol não é coisa de mulher. Rugby? Vocês não têm força para jogar... Lugar de mulher é na cozinha, não no campo, na quadra, na arquibancada. Já ouviu isso muitas vezes, né?! Mas o ~dibradoras surgiu para provar justamente o contrário. Mulher pode gostar, entender e praticar o esporte que quiser. E quem achar que não, a gente ~dibra ;)

Dibradoras