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Seleção feminina goleia México e encerra ano no top 10 da Fifa

Renata Mendonça

15/12/2019 20h43

Foto: CBF


A seleção feminina fez seu último jogo do ano neste domingo diante do México na Fonte Luminosa e se despediu do público de Araraquara com uma vitória tranquila: 4 a 0.

Os gols foram marcados por Cristiane duas vezes, Debinha e Vic Albuquerque.

O time comandado por Pia Sundhage já havia goleado o México na quinta-feira na Arena Corinthians por 6 a 0 e, desta vez, a treinadora optou por uma outra escalação para testar as jogadoras. Ela entrou em campo com Luciana, Isabela, Kathleen, Érika e Tamires; Luana, Andressinha, Debinha e Chu; Cristiane e Bia Zaneratto.

O destaque foi para a atuação de Cristiane com 2 gols para completar sua primeira convocação com a técnica sueca. 

Assim, a seleção encerra seu ano muito melhor do que começou. Se nos primeiros seis meses antes da Copa, o Brasil acumulou nove derrotas consecutivas sob o comando de Vadão, agora Pia dirige o time num processo de reestruturação e já soma oito jogos invicta (seis vitórias e dois empates).

Após a Copa, o Brasil havia saído do top 10 do ranking da Fifa e se distanciava cada vez mais das principais seleções do mundo. Com a chegada de Pia, mudou o estilo de jogo brasileiro e também a postura dentro de campo – aí as vitórias começaram a aparecer. A mais significativa delas foi contra a Inglaterra jogando na casa delas diante de quase 30 mil torcedores – o placar foi de 2 a 1. Nesse processo, a seleção venceu além das inglesas a Argentina, a Polônia, o Canadá e o México duas vezes. Os empates foram com Chile e China.

Os resultados fizeram o Brasil voltar ao top 10 do ranking e deixam uma ponta de esperança para buscar uma medalha na Olimpíada de Tóquio, que será o primeiro grande desafio de Pia nesse novo trabalho. A última medalha olímpica conquistada pela seleção feminina foi a prata que veio em 2008.

 

Foto: CBF

A técnica sueca já deixou boas impressões pelas transformações que trouxe ao time – não houve tantas trocas entre os nomes das convocadas, mas o estilo de jogo de Pia já agrada mais e consegue melhores resultados. Ela gosta de ver o Brasil jogar com toque de bola na construção de jogadas ofensivas e que pressione as adversárias na perda da bola. Isso tem feito com que a seleção fique menos exposta e também faça mais gols.

Foto: CBF

A única coisa que ficou devendo nesse fim de ano foi a organização da CBF para esses amistosos. Com pouca divulgação e ingressos sendo vendidos em cima da hora, o primeiro amistoso contra o México ficou esvaziado na Arena Corinthians. Em Araraquara, o público foi de 5.384  pessoas. 

Que venha 2020 para consolidar essa reconstrução que começou neste ano na seleção feminina.

Sobre as autoras

Angélica Souza é publicitária, de bem com a vida e tem um senso de humor que, na maioria das vezes, faz as pessoas rirem. Alucinada por futebol - daquelas que não pode ver uma bola que já sai chutando - sabe da importância e responsabilidade de ser uma mulher com essa paixão. Nas costas, gosta da 10, e no peito, o coração é verde e branco e bate lá na Turiassú. Renata Mendonça é apaixonada por esporte desde que se conhece por gente. Foi em um ~dibre desses da vida que conseguiu unir trabalho e paixão sendo jornalista esportiva. Hoje, sua luta é para que mais mulheres consigam ocupar esse espaço. Roberta Nina é aquariana por essência, são-paulina por escolha e jornalista de formação. Tem por vocação dar voz às mulheres no esporte.

Sobre o blog

Futebol não é coisa de mulher. Rugby? Vocês não têm força para jogar... Lugar de mulher é na cozinha, não no campo, na quadra, na arquibancada. Já ouviu isso muitas vezes, né?! Mas o ~dibradoras surgiu para provar justamente o contrário. Mulher pode gostar, entender e praticar o esporte que quiser. E quem achar que não, a gente ~dibra ;)

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