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Brasil enfrentará algoz de 2015, mas cai em grupo 'tranquilo' na Copa

Renata Mendonça

08/12/2018 16h05

A seleção brasileira já sabe o caminho que terá pela frente em busca do título inédito da Copa do Mundo de futebol feminino. Em sorteio realizado em Paris, no Teatro La Seine Musicale, neste sábado, o Brasil "deu sorte" e pegou um grupo considerado "tranquilo" e que dá esperanças para a equipe comandada por Vadão.

Por não ser cabeça-de-chave (o Brasil está em décimo lugar no ranking da Fifa, e somente os seis primeiros ficam no pote 1 do sorteio), havia um risco de a seleção já logo de cara enfrentar um de seus algozes dos últimos Mundiais – o que realmente aconteceu, já que a Austrália, que eliminou a equipe brasileira em 2015 nas oitavas, está na mesma chave. Ainda assim, os outros adversários do grupo C são considerados mais "fracos": a Itália volta a disputar a Copa após 20 anos fora e a Jamaica é estreante no torneio.

Ambas estão bem abaixo do Brasil no ranking da Fifa. A Itália ocupa a 16ª colocação, enquanto as jamaicanas estão somente na 53ª posição.

O sorteio foi comandado pela ex-jogadora da Inglaterra Alex Scott, que esteve ao lado do ex-jogador Louis Saha comentando os grupos que foram sorteados por algumas das lendas do futebol mundial (feminino e masculino). O ex-jogador Kaka, ganhador do prêmio de Melhor do Mundo da Fifa em 2007, foi o representante brasileiro no evento e sorteou o grupo F. O grupo do Brasil ficou sob a responsabilidade da campeã do mundo pelo Japão em 2011, Aya Myama.

Além deles, participaram também no palco o técnico da seleção francesa campeã do mundo na Rússia, Didier Deschamps, a ex-jogadora e ex-técnica da seleção alemã Steffi Jones, e a campeã do mundo pelos Estados Unidos em 2015 Carli Lloyd.

Desde a última edição, a Copa do Mundo de futebol feminino conta com 24 participantes, que são divididos em 6 grupos na fase inicial. Um total de 16 passam para as oitavas-de-final, sendo os primeiros e segundos lugares de cada grupo, além dos quatro melhores terceiros lugares.

O torneio acontecerá entre 7 de junho e 7 de julho de 2019 na França. A abertura acontecerá entre o time da casa e Coreia do Sul no Parc des Princes e a final será em Lyon, cidade que abriga o maior campeão europeu do futebol feminino (Olympique Lyonnais).

A seleção brasileira estreará  em 9 de junho em Grenoble contra a Jamaica, que deve ser o adversário mais fácil do grupo, depois enfrenta a Austrália no dia 13 em Montpellier e termina a primeira fase dia 18 diante da Itália em Valenciennes.

A Copa do Mundo de futebol feminino passou a existir oficialmente em 1991, organizada pela Fifa, e a seleção brasileira participou de todas as edições do torneio. As piores campanhas do Brasil aconteceram justamente nas duas primeiras edições, em 1991 e 1995, quando o país não avançou da fase de grupos. A melhor colocação da seleção aconteceu em 2007, quando fomos vice-campeãs, perdendo a final para a Alemanha.

No último Mundial, o Brasil acabou sendo eliminado pela seleção australiana em derrota por 1 a 0 nas oitavas-de-final, quando o time era comandado também por Vadão – o técnico foi demitido após os Jogos Olímpicos de 2016, mas acabou sendo chamado de volta menos de um ano depois, após a saída precoce de Emily Lima no fim de 2017.

Veja os grupos da Copa do Mundo de futebol feminino

GRUPO A
França
Coreia do Sul
Noruega
Nigéria

GRUPO B
Alemanha
China
Espanha
África do Sul

GRUPO C
Austrália
Itália
Brasil
Jamaica

GRUPO D
Inglaterra
Escócia
Argentina
Japão

GRUPO E
Canada
Camarões
Nova Zelândia
Holanda

GRUPO F
Estados Unidos
Tailândia
Chile
Suécia

Sobre as autoras

Angélica Souza é publicitária, de bem com a vida e tem um senso de humor que, na maioria das vezes, faz as pessoas rirem. Alucinada por futebol - daquelas que não pode ver uma bola que já sai chutando - sabe da importância e responsabilidade de ser uma mulher com essa paixão. Nas costas, gosta da 10, e no peito, o coração é verde e branco e bate lá na Turiassú. Renata Mendonça é apaixonada por esporte desde que se conhece por gente. Foi em um ~dibre desses da vida que conseguiu unir trabalho e paixão sendo jornalista esportiva. Hoje, sua luta é para que mais mulheres consigam ocupar esse espaço. Roberta Nina é aquariana por essência, são-paulina por escolha e jornalista de formação. Tem por vocação dar voz às mulheres no esporte.

Sobre o blog

Futebol não é coisa de mulher. Rugby? Vocês não têm força para jogar... Lugar de mulher é na cozinha, não no campo, na quadra, na arquibancada. Já ouviu isso muitas vezes, né?! Mas o ~dibradoras surgiu para provar justamente o contrário. Mulher pode gostar, entender e praticar o esporte que quiser. E quem achar que não, a gente ~dibra ;)

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