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Com geração promissora, Espanha conquista seu 1º Mundial feminino no sub-17

Roberta Nina

03/12/2018 17h46

Seleção espanhola: campeão mundial sub-17 (Foto: FIFA/Getty Images)

No último domingo (02/12) a seleção espanhola de futebol feminino conquistou o título mais importante de sua história: o Mundial Sub-17 ao derrotar a equipe mexicana por 2×1 na grande final.

Com uma campanha invicta, o título espanhol vem para coroar um ótimo trabalho de base que o país tem feito na modalidade. Algumas jogadoras dessa mesma equipe foram vice-campeãs com a sub-20 no Mundial realizado na França, em agosto deste ano, perdendo a final para a seleção japonesa por 3×1 (falamos sobre a final sub-20 aqui).

Eva Navarro dedica o título para as jogadoras do sub-20 (Foto: FIFA/Getty Images)

Três meses atrás, Eva Navarro, Catalina Coll e Claudia Pina (autora dos dois gols da Espanha nesta final) choraram pela taça perdida, mas neste final de semana puderam comemorar e dedicar a vitória para as companheiras da categoria acima.

"Não é realmente um caso de se vingar; é como se o futebol nos desse uma forma de resgate", disse Pina, a camisa 10 da Espanha ao site da FIFA.

Eleita como a melhor jogadora da partida e a Bola de Ouro da competição, Pina revelou que durante a final chegou a relembrar o passado doloroso vivido recentemente. "No segundo tempo, as mexicanas realmente nos fizeram sofrer, e a primeira coisa que vem à mente nessas situações é a época em que você lutou no passado. Desta vez tivemos que garantir a vitória e foi o que fizemos", afirmou a jogadora do Barcelona.

Claudia Pina marcou os dois gols da Espanha contra o México na final do Mundial Sub-17 (Foto: FIFA/Getty Images)

Com um total de nove gols (dois marcados no Mundial da Jordânia em 2016 e sete no Mundial deste ano no Uruguai), Pina é agora a segunda artilheira da história da Copa do Mundo Feminina Sub-17. Fica atrás apenas da venezuelana Deyna Castellanos que tem 11 gols no total.

"Essas jogadoras me fizeram a mulher mais feliz do mundo"

Assim como as atletas, Toña Is, a treinadora da equipe, viveu o mesmo "trauma". Ela era a assistente técnica da seleção sub-20 no Mundial em que as europeias perderam a semifinal e acabaram em terceiro lugar na competição disputada na Jordânia, dois anos atrás. Logo depois, Toña foi a primeira mulher a assumir o comando de uma seleção espanhola.

(Foto: Federico Anfitti / EFE)

A conquista do título deixou a treinadora bastante emocionada. "É indescritível. Este é um momento especial, absolutamente único e sabemos que o que isso significa para as garotas de todo o mundo para o futebol feminino espanhol é enorme", afirmou ao site da FIFA.

Após a vitória, que significou o primeiro triunfo para a Espanha em um torneio deste tipo, a treinadora disse que o futebol feminino espanhol merecia essa conquista há muito tempo e ressaltou a importância de ver duas técnicas mulheres como finalistas da competição.

"Nós duas ficamos muito felizes por termos conseguido ir tão longe e agradecidas pela oportunidade que recebemos. Todos sabemos o quanto custa ver as mulheres nos bancos do mundo do futebol", afirmou à EFE.

Terceira colocada. 

A seleção da Nova Zelândia garantiu a medalha de bronze após derrotar o Canadá por 2×1, com dois gols de Grace Wisnewski, eleita como melhor jogadora da partida.

Esse foi o melhor resultado conquistado pela seleção feminina da Nova Zelândia na história.

Veja os melhores momentos da final entre Espanha e México Sub-17

Sobre as autoras

Angélica Souza é publicitária, de bem com a vida e tem um senso de humor que, na maioria das vezes, faz as pessoas rirem. Alucinada por futebol - daquelas que não pode ver uma bola que já sai chutando - sabe da importância e responsabilidade de ser uma mulher com essa paixão. Nas costas, gosta da 10, e no peito, o coração é verde e branco e bate lá na Turiassú. Renata Mendonça é apaixonada por esporte desde que se conhece por gente. Foi em um ~dibre desses da vida que conseguiu unir trabalho e paixão sendo jornalista esportiva. Hoje, sua luta é para que mais mulheres consigam ocupar esse espaço. Roberta Nina é aquariana por essência, são-paulina por escolha e jornalista de formação. Tem por vocação dar voz às mulheres no esporte.

Sobre o blog

Futebol não é coisa de mulher. Rugby? Vocês não têm força para jogar... Lugar de mulher é na cozinha, não no campo, na quadra, na arquibancada. Já ouviu isso muitas vezes, né?! Mas o ~dibradoras surgiu para provar justamente o contrário. Mulher pode gostar, entender e praticar o esporte que quiser. E quem achar que não, a gente ~dibra ;)

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