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Libertadores feminina: Santos vai à final e Iranduba cai nos pênaltis

Renata Mendonça

30/11/2018 01h11

Foto: Pedro Ernesto Guerra / Santos FC

O Santos mais uma vez mostrou por que é um dos melhores times do Brasil no futebol feminino e passou tranquilo pela semifinal da Libertadores nesta quinta-feira. O time comandado por Emily Lima venceu o Colo Colo por 3 a 0 e agora disputa o título do torneio com o Huila, time colombiano que tirou o Iranduba nos pênaltis.

As Sereias da Vila já foram bicampeãs da Libertadores em 2009 e 2010, mas não voltaram à competição desde então. Agora, oito anos depois, a equipe santista tentará chegar ao tricampeonato no próximo domingo, na Arena da Amazônia a partir de 19h30 do horário local (21h30 de Brasília).

Desde a estreia nesta edição da Libertadores, o Santos já demonstrou a que veio e goleou o próprio Colo Colo por 4 a 1. O time de Emily Lima é conhecido por jogar para frente e já soma 15 gols em quatro jogos na competição. Nesta quinta, o time demorou um pouco para encaixar ofensivamente, mas com a alteração feita pela treinadora no segundo tempo, Chú entrou para trazer o que faltava ao time santista: precisão nas finalizações. Em menos de cinco minutos, ela marcou dois gols e praticamente resolveu a partida.

Ainda deu tempo de Sandrinha deixar o dela para sacramentar a classificação santista à final da Libertadores.

"Nós nos preparamos para isso, viemos aqui para isso. Agora precisamos descansar porque temos que dar tudo nessa final. Aqui faz muito calor, é difícil jogar, mas estamos preparadas e  vamos lutar pelo título", afirmou Maurine na saída do campo, responsável por uma das assistências do jogo.

O Santos realmente se preocupou com a preparação e chegou a Manaus com quase 10 dias de antecedência para preparar as atletas para o desgaste de uma competição como a Libertadores, que tem 22 jogos acontecendo em apenas duas semanas. Nesse tempo, elas aprenderam a importância da hidratação e se acostumaram a jogar com o calor úmido da cidade.

Foto: Pedro Ernesto Guerra / Santos FC

Deu tão certo, que as Sereias mostraram fôlego superior ao das outras equipes em todos os jogos, chegando a marcar gols em diversas oportunidades nos minutos finais.

Agora, as atletas terão mais dois dias para se recuperar e voltar a campo em busca do tricampeonato no domingo.

Iranduba eliminado

A cidade de Manaus respira futebol feminino desde que o Iranduba formou um time competitivo e transformou a relação dos torcedores locais com o futebol, em 2016. Havia uma expectativa enorme para o clube chegar a fazer sua primeira decisão internacional em casa diante de um estádio cheio no domingo.

E estava tudo se concretizando assim até a metade final do segundo tempo da semifinal contra o Huila. Diante de 6 mil torcedores, o Iranduba vencia as colombianas por 1 a 0 com gol de Mayara – que contou com uma grande falha da goleira adversária – até os 36 minutos da etapa final.

Foi aí que, também bum vacilo da goleira, o time amazonense tomou o empate de Lucia, gol que levou a decisão da vaga para os pênaltis.

Nas cobranças, a meio-campista da seleção brasileira Andressinha, desperdiçou, Camilinha e Kelen fizeram, mas Monalisa também perdeu e o resultado deu ao Huila a classificação para a final.

Havia uma grande expectativa para uma decisão brasileira no domingo, algo inédito na história da Libertadores, mas infelizmente o Iranduba acabou não conseguindo a classificação. Agora, o time amazonense enfrentará o Colo Colo na disputa pelo terceiro lugar também no domingo, com jogo marcado para 17h30.

Para acompanhar as transmissões, é só acessar o facebook da Conmebol.com.

Sobre as autoras

Angélica Souza é publicitária, de bem com a vida e tem um senso de humor que, na maioria das vezes, faz as pessoas rirem. Alucinada por futebol - daquelas que não pode ver uma bola que já sai chutando - sabe da importância e responsabilidade de ser uma mulher com essa paixão. Nas costas, gosta da 10, e no peito, o coração é verde e branco e bate lá na Turiassú. Renata Mendonça é apaixonada por esporte desde que se conhece por gente. Foi em um ~dibre desses da vida que conseguiu unir trabalho e paixão sendo jornalista esportiva. Hoje, sua luta é para que mais mulheres consigam ocupar esse espaço. Roberta Nina é aquariana por essência, são-paulina por escolha e jornalista de formação. Tem por vocação dar voz às mulheres no esporte.

Sobre o blog

Futebol não é coisa de mulher. Rugby? Vocês não têm força para jogar... Lugar de mulher é na cozinha, não no campo, na quadra, na arquibancada. Já ouviu isso muitas vezes, né?! Mas o ~dibradoras surgiu para provar justamente o contrário. Mulher pode gostar, entender e praticar o esporte que quiser. E quem achar que não, a gente ~dibra ;)

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